O Cristo do Rogate, fonte e razão da alegria dos Rogacionistas

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“O Rogate foi a luz dos seus passos, a estrela de seu pensamento, o sol da sua vida: nasceu para o Rogate”.[1]

Introduzir a alegria

O presente texto, elaborado de livre iniciativa e de modo espontâneo nos intervalos de tempo livre que dispomos, se propõe a meditar em chave bíblica e teológica com talho pastoral o tema e o lema da 9ª assembleia capitular da Província Rogacionista São Lucas. Nosso intuito é de ajudar na reflexão das comunidades e de cada coirmão convocado a participar deste processo da família religiosa a qual pertencemos.[2] Trata-se de um singelo subsidio não oficial, nem oficioso, que desejamos partilhar com alegria e esperança.

Para estimular e iluminar a reflexão do tema capitular – “A alegria do Rogate” com o subtítulo “identidade e missão Rogacionista” – foi escolhida uma frase do evangelho de João como lema desta assembleia: “Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja plena” (Jo 15,11). Tanto no tema como no lema o destaque e a novidade está no substantivo “alegria”.[3] Melhor e mais interessante é poder meditar o “tesouro do carisma do Rogate” desde esta perspectiva, em meio a uma realidade marcada por alegrias e crises que oscilam desde a econômica à dos valores.[4]

Gostaríamos muito de apresentar uma reflexão mais profunda, sistemática e cimentada na Sagrada Escritura, nos escritos do santo Fundador e nos documentos da Congregação e da Igreja. Mas isso implicaria um tempo maior para pesquisas e elaboração, realidade que não dispomos, mas que desejamos provocar nos coirmãos. Nos limitamos a refletir a temática da “alegria” compreendida como elemento essencial da nossa identidade missionária Rogacionista. Aliás, deveríamos evitar o uso do binômio “identidade e missão” conforme aparece no tema capitular, uma vez que a missão (desde o Rogate) é parte constitutiva de nossa identidade e sem ela não teríamos razão de existir. No coração de Pe. Aníbal, identidade carismática (ser) e missão (fazer) são dois lados equilibrados da mesma moeda.[5] 

Indagamos se o Fundador foi um sacerdote alegre e bem humorado ou um homem sisudo? Imagino que os santos também dão boas risadas além de cultivar a ternura comum dos corações que amam e experimentam a caridade. De qualquer maneira, quando tratamos da alegria cristã e suas raízes bíblicas, entendemos que santo Aníbal experimentou o mesmo sentimento do Cristo do Rogate, o qual deseja que a nossa alegria seja plena (cf. Jo 15,11).

O dom da alegria

Embora muitas vezes somos vistos como frios, racionalistas e até acusados de ser pessoas “sem coração”, queremos meditar os sentimentos e aprofundar a nossa santidade.[6] Enquanto Rogacionistas vamos avançar atentos às coisas do coração como é o caso da alegria, pois como disse o Papa Francisco: “onde estão os consagrados, sempre há alegria!”[7] Deus não precisa do stress dos Rogacionistas. Ele quer operários santos, alegres e felizes e não pessoas tristes, angustiadas ou com “cara de tacho”. Somos Rogacionistas e temos a alegria da graça de uma vocação especial a qual nasce no útero da comunidade eclesial e por ela é confirmada. Nosso carisma é dom do Espírito Santo doado para o bem do povo de Deus que precisa e merece bons operários.[8]

Pensar a “alegria” pode ser perigoso. Não queremos ser taxados de alienados nem de “bobos alegres” que não sabem dar a razão de sua alegria. Também sabemos do risco de racionalizar um sentimento de satisfação, de encontro e proximidade, ternura e beleza como reflete o Papa na sua surpreendente exortação.[9] Tão pouco nos contentamos em “copiar uma moda” uma vez que a alegria é o tema da última exortação do Bispo de Roma.[10]

Muitas vezes a alegria foi compreendida de maneira negativa e contraditória à espiritualidade e à religião. Parece que nos ambientes religiosos deve predominar a tristeza sem reservar nenhum espaço para algo que signifique prazer, júbilo e diversão. Sabemos que a espiritualidade cristã é alegre além de expressar uma harmonia interior dos Rogacionistas saudáveis. A verdadeira alegria não se baseia nas superficialidades nem se esconde dos problemas e da cruz. Segundo o apóstolo Paulo ela é fruto do Espírito ao lado da bondade, do amor, da fidelidade… (cf. Gl 5,22).

“Rogate Gaudium”

Realmente é sugestivo e diferente o tema escolhido para a próxima assembleia capitular marcada para meados de setembro de 2014. Talvez alguém possa suspeitar que a temática deste 9º Capítulo da Província São Lucas é algo desconectado da realidade, capaz de gerar alienação ou entreter a mente sem nada agregar e pouco a oferecer. Na verdade, a temática quer provocar uma nova “vibração” nos Rogacionistas, chamados a prolongar em nosso tempo a presença de Jesus, o Cristo do Rogate.

O tema “a alegria do Rogate” é um eco da recente Exortação Apostólica do Papa onde ele nos apresenta uma belíssima reflexão sobre a alegria e outros sentimentos que ganham espaço e vida ao lado da doutrina, das normas e das diretrizes da Igreja. Francisco não é o primeiro Papa a refletir o tema da alegria. Recordamos que um dos documentos mais expressivos do Concílio Vaticano II traz como título “Alegria e Esperança – Gaudium et Spes” o qual nos lembra que “o Senhor é o fim da história humana /…/ o centro do gênero humano, a alegria de todos os corações e a realização de todas as nossas aspirações.”[11]

Francisco pede uma nova postura à Igreja quando nos orienta: “podemos viver na alegria.” Parafraseando o Papa, afirmamos: Se nós Rogacionistas caminhamos na esperança, nos deixamos surpreender pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não podemos deixar de testemunhar essa alegria, cuja origem está no Cristo do Rogate. Os Rogacionistas são alegres, nunca estão tristes. Deus nos acompanha no serviço na sua messe e socorre nossas fadigas. Temos uma Mãe, Nossa Senhora do Rogate, que sempre intercede pela vida dos seus filhos, por cada um de nós. Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados. Os Rogacionistas não podem ser pessimistas! Não podemos ter uma cara de quem parece estar num constante estado de luto. Se estivermos verdadeiramente “enamorados de Cristo” como nos ensinou o Santo Fundador,[12] e sentir que ele nos ama, o nosso coração se incendiará de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado e atrairá muitas vocações para a Igreja e para a Congregação.[13]

O tema da alegria na Sagrada Escritura

Na Sagrada Escritura encontramos frequentemente o convite à alegria (cf. Is 12,3-6). O salmista reza: “Quando o Senhor libertar os cativos de Sião, nós seremos como transformados. Então nosso coração se abrirá à alegria” (Sl 127). Os salmos de alegria nem sempre foram compostos em momentos felizes, mas muitas vezes de dificuldades e fracassos (cf. Sl 137). A alegria não é apenas consequência do vinho que alegra o coração do homem (cf. Sl 104,15) e tão pouco significa ausência de sofrimentos. A verdadeira alegria brota da certeza do amor de Deus e a partir da cruz ela triunfa e revigora o coração. O fundamento da alegria está na fidelidade de Deus e não pode basear-se nas fragilidades humanas (cf. Sl 92,5-12; 149,2-5). A alegria é um dos elementos da vocação cristã mediante a experiência da liberdade, da paz, na fraternidade e na comunhão com Deus.

É importante observar que a alegria não é uma realidade dos que experimentam a cruz, mas dom de Deus que ninguém poderá tirar (cf. Jo16,22.24). Ela floresce no coração inquieto dos Rogacionistas que, em meio às fadigas na messe, encontra Deus e testemunha o mandamento do amor e do Cristo do Rogate.[14]

No seguimento de Jesus e no serviço na messe, os discípulos também provaram a tristeza e as tribulações. O Mestre avisa: “Chorareis e lamentareis, mas o mundo se alegrará. Ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16,20). À alegria plena se chega mediante a tristeza e as tribulações experimentadas no caminho da missão. Mas no final prevalece a alegria em Cristo, a certeza de sua ressurreição e a vitória sobre a morte, que faz o coração abandonar o “rosto sombrio” para arder e compreender a páscoa do Senhor, conforme testemunha os discípulos de Emaús: “Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,17.32).

Recordamos que na tarde da páscoa, na aparição do Cristo ressuscitado, a tristeza e o temor dos discípulos cedeu lugar à alegria: “Mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor /…/ Soprou sobre eles e falou: Recebei o Espírito Santo…” (Jo 20,20-22). Nossa fé na ressurreição aponta para a alegria plena no Deus dos pobres e da vida.

Nos evangelhos encontramos muitas passagens que mostram a alegria dos discípulos de Jesus. Quando eles voltaram da missão estavam jubilosos por terem submetido até os demônios ao nome do Senhor. Mas Jesus os corrigirá dizendo qual deve ser o verdadeiro motivo da alegria dos operários na messe: “Não vos alegreis porque os espíritos se submetem a vós. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos nos céus” (Lc 10,20). Em seguida o próprio Jesus exultará de alegria sob a ação do Espírito Santo (cf. Lc 10,21). A alegria dos discípulos alcança sua plenitude mediante o dom do Espírito enviado pelo Pai, passando do horizonte cristológico ao trinitário (cf. Jo 20,20-23).

Recordamos também o episódio de Zaqueu que com alegria, recebeu Jesus em sua casa (cf. Lc 19,1-10) bem como a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém onde os discípulos e uma grande multidão receberam o Senhor com alegria, louvando a Deus e cantando salmos (cf. Lc 19,35-38) ou ainda a surpreendente alegria dos discípulos voltando para Jerusalém após a ascensão do Senhor (cf. Lc 24,50-53).

A alegria dos operários na messe é sempre relacionada à pessoa de Jesus.[15] Observando dois versículos do quarto evangelho, situados no bloco dos discursos do cenáculo (cf. Jo15,11; 17,13), percebemos que os motivos da alegria de Jesus tornam-se os mesmos motivos da alegria dos seus discípulos e a alegria destes não consistirá em outra coisa senão na certeza de serem amados por Jesus e amarem o Senhor, mediante a observância dos seus mandamentos e no amor fraterno entre eles: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).

O encontro com o Cristo do Rogate, razão da alegria dos Rogacionistas

A alegria dos Rogacionistas brota e jorra do encontro com a pessoa de Jesus, o Senhor da messe e o Cristo do Rogate.[16] Ela não é consequência da ingenuidade do operário na messe, mas certeza da gratuidade do amor do Senhor que nos ama, chama e envia. A alegria não nasce do carisma, mas do encontro com Jesus que nos chamou para o discipulado missionário e nos dá o imperativo: Rogate (cf. Mt 9,38; Lc 10,2). O carisma nos brinda muitas alegrias, mas ele não é a fonte desta satisfação que emana e tem a sua origem no Senhor da messe. Esta alegria se dá no cotidiano da vida como resposta ao chamado vocacional para trabalhar na messe e fazer parte da Família do Rogate.[17]

No evangelho de Mateus o Reino dos céus é um tesouro que quando encontrado é causa de grande alegria (cf. Mt 13,44). Como a comunidade dos filipenses nós Rogacionistas somos chamados a nos alegrarmos sempre no Senhor (cf. Fl 4,4-5) e mesmo na cruz há alegria por saber que a dor se transforma em fonte de vida (cf. Jo 16,21). Compreendemos melhor esta realidade depois da experiência pascal quando também nós enfrentamos as tribulações na missão (cf.2Cor 6,9-10). Nos sofrimentos sabemos que não estamos sozinhos. Deus, fonte da vida e da alegria, está conosco e nele confiamos a salvação da messe que precisa de operários (cf. Mt 9,38; Lc 10,2).[18]

O versículo escolhido para iluminar a reflexão da assembleia capitular (Jo 15,11) foi pronunciado durante a última ceia do Senhor na intimidade do cenáculo e na esfera dos discursos de despedida. Trata-se de uma frase dita por Jesus aos seus amigos à luz eminente da sua paixão, morte e ressurreição. O Mestre está ciente que seus inimigos já decretaram sua sentença de morte e está próxima a “hora de sua exaltação” (Jo 13,1). Pouco antes da prisão e no final de sua existência terrena, no aconchego do cenáculo de Jerusalém, Jesus deixa para os seus discípulos, à semelhança dos grandes personagens bíblicos, o seu testamento espiritual (cf. Jo 13-17).[19]

Estamos no início do segundo discurso de Jesus durante a ceia derradeira. Com o tema da alegria este versículo encerra a passagem da “videira verdadeira” onde Jesus enfatiza sua intimidade com o Pai, a união íntima dos discípulos com o Cristo e o amor fraterno (cf. Jo 15,1-11). Os discípulos são chamados a permanecer nele, no seu amor, para produzir muitos frutos e gozar da plenitude de sua alegria.

Jesus começa o discurso afirmando: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor” (Jo 15,1). E depois de ilustrar a unidade dele ao Pai e dos discípulos nele, Jesus conclui: “Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja plena” (Jo 15,11).[20] Desta maneira, fica claro que a alegria dos discípulos tem sua origem no encontro e na intimidade com o Cristo que nos transmite sua alegria e deseja que ela seja plena nos seus seguidores, simbolizados nos ramos da videira que é uma variante da árvore da vida (cf. Gn 2,9).

Neste ambiente cristológico e desde a perspectiva do carisma do Rogate, compreendemos a necessidade da união dos Rogacionistas à pessoa de Jesus e a experiência de nossa vida comunitária como expressão desta unidade e comunhão. Jesus é fonte de salvação e felicidade plena, que desde a sua união com o Pai, “o divino agricultor”, nutre nossa vida e missão (Jo 15,1).

A alegria dos Rogacionistas depende da união vital com o Cristo do Rogate. Sem esta comunhão de vida não haverá frutos e a alegria seria mera alienação distante da plenitude mencionada pelo Senhor que nos chama à santidade.[21] Percebemos que o tema da alegria aparece claramente vinculado à comunhão de vida dos religiosos com o Senhor da messe compreendida como lugar onde experimentamos e testemunhamos nossa satisfação cientes que sem Ele nada podemos fazer (cf. Jo 15,5). A messe é o lugar da vida e alegria no Senhor e espaço de comunhão com os demais operários com os quais servimos o povo de Deus.

Consideramos também que o Cristo do Rogate se manifesta e se faz presente nos pobres acolhidos nas obras socioeducativas bem como no sacramento da Eucaristia.[22] Este traço da espiritualidade Rogacionista acentuado na vida e nos escritos do Fundador nos ilumina e orienta na missão. Longe desta perspectiva, por mais que sejamos ativos, dinâmicos e capacitados operários na messe, não conseguiremos fazer muito pelo Reino ainda que a aparência de algumas obras socioeducativas possa nos iludir e dar uma falsa alegria e satisfação.

Da conversão pessoal à plenitude da alegria

Jesus não fala de uma alegria ocasional e tão pouco de uma mera sensação humana de satisfação e prazer. No cenáculo, o Mestre deseja que os discípulos experimentem a “alegria plena” (Jo 15,11). Significa que nós Rogacionistas não podemos nos contentar com as pequenas satisfações que encontramos no desenvolvimento do serviço na messe. Também devemos estar atentos para que, a alegria não seja ofuscada pelos pecados e outros desafios que nos rodeiam. Recordamos que antes de pronunciar a frase do versículo que escolhemos para nortear os trabalhos de nossa assembleia capitular, Jesus afirma: “quem não permanecer em mim será lançado fora, como um ramo, e secará. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados” (Jo 15,6).

Sentimos necessidade da conversão pessoal e quiçá estrutural e pastoral como nos indica o documento da Conferência de Aparecida.[23] Se a nossa vida religiosa é contraditória ao evangelho, nos tornamos ramos seco se o serviço na messe será infrutífero.[24] A certeza do amor de Deus que, mediante o Espírito Santo, infunde o carisma do Rogate no Fundador e inspira cada um de nós, nos estimula e nos convida à conversão pessoal e comunitária. Desejamos que a próxima assembleia capitular seja uma experiência pascal `compreendida à luz do êxodo do povo de Israel e da ressurreição de Jesus Cristo.

Somente o pecado pode ofuscar o brilho da alegria dos Rogacionistas, dom do Espírito Santo de Deus. Diferente da alegria de Jesus e dos discípulos que vimos anteriormente, a alegria do mundo é falsa e não tem nenhum valor positivo. À alegria do mundo contrapõe a tristeza dos seguidores de Jesus. Trata-se de uma alegria maldosa e provisória que não provem de Deus. A alegria do mundo está no pecado e rejeição de Jesus (cf. Jo 7,7; 17,9).[25]

O mandamento do amor na órbita do Rogate

Nos versículos que antecedem aquele que escolhemos como luz que ilumina a reflexão capitular, aparece o tema do amor ágape (Jo 15,9-10). A alegria do Senhor está na certeza do amor recíproco para com o Pai. Sua alegria também está no amor para com os discípulos e dos discípulos para com ele: “Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor” (Jo 15,9). Podemos afirmar que o amor não é apenas o seu mandamento, mas sua alegria e a alegria de todos os Rogacionistas e demais seguidores de Jesus (cf. Jo 15,10).

Há uma clara relação entre o amor e a alegria. A relação e identificação de Jesus com o Pai e seu amor para com os discípulos fundamenta e explica a alegria do Mestre que reza em sua oração sacerdotal: “Agora, porém, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas estando ainda no mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude” (Jo 17,13). Após desejar que a nossa alegria seja plena, Jesus nos recorda o mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). E acrescenta: “Ninguém tem amor maior que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). Depois afirma: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15,14).

Para nós, o Rogate é carisma e jeito de viver o mandamento do amor.[26] Amamos o Cristo do Rogate, no Rogate e a partir do Rogate na modalidade do zelo orante bem como no serviço incansável aos pobres sem nenhuma dicotomia ou prejuízo a exemplo de Santo Aníbal. Na sua pessoa não encontramos ambiguidades, mas um sereno equilíbrio entre o “ser” e o “fazer” Rogacionista.

O lema da assembleia é a declaração amorosa de Jesus que deseja nos inundar de sua alegria (cf. Jo 15,11). O Filho de Deus veio ao mundo para que possamos participar da vida divina (cf. Jo 17,25). Sua missão é levar todos à plena alegria, à felicidade perfeita do ser humano e à vida em abundância (Jo 10,10). Deus espera a nossa conversão como profetiza Ezequiel: “Juro por minha vida – oráculo do Senhor – não tenho alegria na morte do ímpio, mas antes que ele mude de conduta e viva! Mudai, mudai de conduta! Por que haverias de morrer, Israel?” (Ez 33,11).

A meditação do lema capitular revela o desejo de Jesus em nos levar à alegria plena e à felicidade perfeita que o operário da messe só pode experimentar a partir de uma profunda comunhão com Deus e com o seu Filho (cf. 1Jo 1,3). Longe de Deus e fora do horizonte desta relação íntima com o Pai não encontraremos verdadeira paz e corremos o risco de nos afogar nos trabalhos na messe e fadigar em vão. Ou pior: gozarmos de alegrias mundanas bem diferentes da proposta por Jesus.

A alegria é fruto da relação com a Trindade Santa. Na relação com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo o discípulo experimenta a alegria que já é um prelúdio da alegria plena com o Senhor.[27] A alegria de Jesus consiste em conduzir a fé e a salvação os eleitos dados a ele pelo Pai. Sua alegria é a salvação do mundo (cf. Jo 4,36).[28] E esta alegria nos alcança na medida que acolhemos a palavra de Jesus e nos colocamos como operários do Reino.

A vida fraterna como expressão e lugar da alegria

A vida fraterna em comunidade não pode deixar o nosso sorriso na cor cinza. Nossa fraternidade considera o Rogate como centro de comunhão e nela buscamos refletir a comunhão divina.[29] Somos religiosos e temos a alegria de viver em comunidades fraternas.[30] A alegria nos faz criativos e abre espaço para relações mais saudáveis e maduras e nos ajuda a romper com os esquemas pesados, frios e indiferentes às sensibilidades humanas. O coração alegre tende a ser mais aberto aos irmãos e cultivar um olhar mais humano e sereno.[31] A alegria no cotidiano das comunidades é algo do tempo presente onde vivenciamos o amor fraterno. Mas também nos abre para o futuro quando a conheceremos em plenitude (Jo 15,11).[32]

Nas comunidades encontramos muitas alegrias humanas e espirituais que celebramos nas festas.[33] Ainda bem que podemos sorrir e manifestar a alegria. Podemos rir de situações, caçoar com um irmão, achar graça e partilhar sorrisos. A alegria espanta o mau humor e alivia o stress. Destacamos também, dentre outras, a alegria de participar desta congregação religiosa e da grande Família do Rogate; a alegria de servir aos pobres, quem o Fundador no seu bom humor e espiritualidade costumava chamá-los de “marqueses, barões e príncipes”.[34]

Na alegria de Jesus encontramos sua identidade humana e divina e compreendemos que nossa alegria Rogacionista não é desconectada do amor e do compromisso com os pobres.[35] Uma alegria sem a força do profetismo e o brilho da caridade, não encontra eco no evangelho e facilmente conduz à alienação. Por isso, desde nossa pobreza e à luz da evangélica opção pelos pobres, queremos continuar a servir na messe com alegria, sinal da graça de Deus em cada Rogacionista.[36]

Nós Rogacionistas compreendemos a oração em comum, o lazer e até mesmo o trabalho na messe, como lugares da alegria e do amor. Uma alegria especial deve ser a celebração eucarística que o Fundador participava com tanta devoção e considerava como centro da vida e da obra. A eucaristia é dom e alegria para os Rogacionistas.

Recordemos ainda a importância da alegria no serviço de animação vocacional. Ela é a áurea do testemunho profético dos seguidores de Jesus e nos ajudará a passar às novas gerações o dom do Rogate e atrair novas vocações para a Congregação e para a Igreja.[37] Nós Rogacionistas, seguidores do Cristo do Rogate e profetas do Reino, somos pessoas de comunhão, abertas e prontas a superar as divisões e a perdoar as ofensas. Nossa alegria encontra suas raízes na oração, na eucaristia, na vida fraterna, no serviço aos pobres e na promoção da vida. Este é o testemunho que atrairá os jovens vocacionados para a Congregação.

A alegria de concluir e permanecer aberto aos sopros do Espírito

Este texto simples e alegre nasceu para contribuir com o processo que iniciamos rumo à 9ª assembleia capitular. Esperamos ter alcançado nosso objetivo de promover e fomentar a reflexão que permanece aberta e da qual ninguém pode se eximir. Que o Espírito do Senhor continue nos guiando e nos ilumine especialmente às vésperas de mais uma assembleia capitular e quando estamos próximos a cometer a loucura de abrir uma frente missionária em terras africanas (Angola), e se é loucura só pode ser coisa boa de Deus (cf. 1Cor 1,25.27).

O tempo é propício para analisar nossas estruturas de serviço e evangelização e seguir com generosa alegria na vivência dos conselhos evangélicos e no testemunho da misericórdia do Pai. De bem com a vida, na graça de amar e ser feliz, queremos continuar a fecundar as comunidades com o Rogate sem um otimismo ingênuo, mas com amor partilhar o dom do carisma e caminhar no espírito de Jesus.

Maria, chamada à alegria e à graça da vocação de ser Mãe do Salvador, nos acompanhe neste processo capitular. Com ela queremos levar “apressadamente” a todos o anúncio do Evangelho do Cristo do Rogate (cf. Lc 1,39). Com a Virgem Mãe, na sua alegria e intimidade com o Salvador, podemos exultar e cantar pelo dom do Carisma. Juntos vamos entoar com alegria e fé o Magnificat, pois o Senhor fez em nós maravilhas e Santo é o seu nome (cf. Lc 1,46-55).

Pe. Gilson Luiz Maia, RCJ.



[1] Cf. TUSINO, Teodoro, L’Anima del Padre, Testimonianze, Roma, 1973,p. 106. (Tradução livre).

[2]Pe. Juarez, na carta de convocação do 9º Capítulo Provincial, recorda que todos os religiosos professos perpétuos são chamados a participar deste processo. Cf. Carta de convocação do Superior Provincial Pe. Juarez Albino Destro datada aos 14 de março de 2014 (Prot.: 659/14). Poucos dias depois o Provincial enviou outra carta apresentando o tema e o lema do Capítulo. Cf. Carta do Provincial de 26 de março de 2014 (Prot.: 664/14).

[3] No Dicionário Aurélio o substantivo “alegria” recebe vários sinônimos como: prazer, júbilo, contentamento, satisfação… No Novo Testamento temos vários vocábulos para exprimir e significar alegria. Cf. COENEN L., BEYREUTHER, E., BIETENHARD, H., Dizionario dei Concetti Biblici Del Nuovo Testamento, Dehoniane, Bologna, 1991, verbete: “Gioia”. Veja também os dicionários: LEON-DUFOUR, Xavier, Vocabulário de Teologia Bíblica, Vozes, Petrópolis, 1977. ROSSANO, P.; RAVASI, G.; GIRLANDA, A. Nuovo Dizionario di Teologia Biblica, Paoline, Roma, 1991.

[4] Pe. Aníbal, escrevendo ao Pe. Bonicelli, dizia sentir em sua consciência a obrigação de custodiar o Rogate como “divino depósito” e de passar tal responsabilidade aos seus sucessores. Cf. Scritti, vol. 37, p. 30.

[5] Cf. Antologia Rogacionista, São Paulo, 1992, pp. 439ss.

[6] O Fundador observava que ao implorarmos por bons operários devemos ser os primeiros a não nos tornarmos maus operários da mística vinha. E acrescentava: “Precisamos atender à nossa santificação e à santificação e ao bem de todas as almas.” Cf. Antologia Rogacionista, p. 65.

[7] CONGREGAÇÃO PARA OS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E AS SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA, Ano da Vida Consagrada, Alegrai-vos”, Carta circular aos consagrados e às consagradas do Magistério do Papa Francisco, Paulinas, São Paulo, 2014, p. 3.

[8] Pe. Tusino testemunha que o Rogate foi uma inspiração divina, uma ideia grande e sublime que o Espírito ofereceu como dom ao Fundador ainda nos primórdios de sua juventude espiritual. Cf. TUSINO, Teodoro, L’ Anima del Padre, p. 110.

[9] Cf. FRANCISCO, Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, Paulinas, São Paulo, 2013.

[10] Observamos que os capítulos da Província sempre foram celebrados em sintonia com os documentos e a realidade sócio eclesial. Cf. DOCUMENTO FINAL DO 7º CAPÍTULO DA PROVÍNCIA ROGACIONISTA LATINO-AMERICANA, Apóstolos do Rogate, discipulado, profetismo e missão, Escritos Rogacionistas 27, São Paulo, 2006, n.37

[11] Gaudium et Spes, n. 45. O Papa Paulo VI também meditou sobre a alegria na Exortação “Gaudete in Domino”, Roma, 1975.

[12] A expressão “enamorar-se de Jesus Cristo” foi pronunciada pelo Fundador a seu sucessor e biógrafo Pe. Vitale quando ainda era um jovem estudante de teologia. Cf. VITALE, Francesco, Cônego Aníbal Maria Difrancia, Vida e obras, São Paulo, 1989, p. 291.

[13] Cf. FRANCISCO, A Igreja da Misericórdia, Minha visão para a Igreja, Schwarcz, São Paulo, 2014, p. 56.

[14] Pe. Ciranni,desde a riqueza de sua espiritualidade e cultura Rogacionista, testemunha com convicção: “Pe. Aníbal é a máxima representação possível sobre a terra do Cristo do Rogate.” Cf. CIRANNI, Gaetano, Il Carisma dei Rogazionisti, Appunti, testimonianze, insegnamenti, Roma, 2010, p. 60. (Tradução livre). No Documento final do 7º Capítulo Provincial, lemos: “Para enfrentar o serviço na messe /…/ os operários devem deixar “arder” uma paixão e disponibilidade acompanhada do amor-ternura…” Cf. Escritos Rogacionistas 27, n. 73.

[15] Para ilustrar esta realidade mencionamos dois personagens: João Batista e Maria. a) João Batista é um dos primeiros personagens a proclamar sua alegria diante de Jesus. O precursor manifesta sua satisfação em escutar a voz do Senhor. Sua alegria, espontânea e desinteressada, está na inauguração do tempo messiânico com a chegada de Cristo (cf. Jo 3,29). O precursor prepara a messe para receber o operário do Pai. Ele encontra na pessoa de Jesus e na sua ação salvadora a plenitude de sua alegria. E sentencia: “É necessário que ele cresça, e eu diminua” (Jo 3,30). b) Maria: a saudação que o anjo dirige a Maria na anunciação é uma mensagem de alegria e graça (cf. Lc 1,28). Gabriel não chama Maria pelo nome, mas se dirige a ela dizendo: “Alegra-te cheia de graça”. Em seguida Lucas mostra Maria dirigindo-se apressadamente à casa de Isabel e o encontro das duas gestantes marcado pela alegria da criança que estremeceu no ventre (cf. Lc 1,39-44). Logo Maria canta o Magnificat que é uma explosão de alegria e esperança (cf. Lc 1,46-55). Cf. MAIA, G. L., O Jeito de Maria, uma aproximação à Mãe de Jesus desde a perspectiva da pastoral vocacional e juvenil, Santuário, Aparecida, 2010, pp. 46-47.

[16] O 9º Capítulo Geral da Congregação refletiu sobre “O Primado da Vida Espiritual”. Esta temática poderá ser retomada às vésperas de um novo Capitulo Provincial que reflete o tema da “alegria do Rogate”. Cf. DOCUMENTO DO IX CAPÍTULO GERAL, Chamados a estar com Ele, o primado da vida espiritual, Escritos Rogacionistas 16, São Paulo, 2000.

[17] Não podemos esquecer que Jesus, Verbo feito carne (cf. Jo 1,14), nos antecedeu no serviço na messe. “O Filho de Deus trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano.” Cf. Gaudium et Spes, 22.

[18] Para o Fundador o Rogate era o segredo para salvar todas as almas. Cf. TUSINO, Teodoro, L’ Anima del Padre, p. 115.

[19] Os capítulos 13-17 do evangelho de João formam um bloco onde Jesus se revela aos discípulos depois de revelar-se aos homens que preferiram as trevas em vez da luz (cf. Jo 12,36). No cenáculo Jesus faz dois discursos compostos por breves diálogos seguidos de monólogos. Ele pronuncia os discursos após uma introdução onde encontramos a cena do lava-pés e com a qual inicia o seu testamento espiritual (cf. Jo 13,1-30). No primeiro discurso o Mestre fala de sua eminente partida e retorno ao Pai e termina tratando o tema do amor dos discípulos à sua pessoa (cf. Jo 13,31-14,31). No segundo discurso Jesus trata do tema do amor fraterno, da vinda do Espírito Santo Paráclito, o ódio e o pecado do mundo, a tristeza e a alegria dos discípulos (cf. Jo 15-16).

[20] O Salmo 80 canta a história do povo de Deus simbolizado na imagem da videira. Israel é a videira que Deus transplantou do Egito à Palestina depois de preparar o terreno. Esta videira desenvolveu de modo maravilhoso e estendeu seus ramos até o mar (cf. Sl 80,12). O profeta Oséias comparou Israel a uma vinha (cf. Os 10,1). Ezequiel também utiliza a alegoria da videira (cf. Ez 17,5ss; 19,10ss).

[21] Pe. Vitale nos recorda que o Fundador considerava que o amor a Jesus é o sinal mais evidente de santidade. E dizia: “Muitas pessoas me parecem privilegiadas, mas, se não têm um grande amor a Jesus, eu não me sinto entusiasmado por elas.” Cf. VITALE, Francesco, Vida e obras, p. 289.

[22] Alguns biblistas como H. van den Bussche reconhecem na perícope que se encerra com o versículo em questão (Jo 15,11), certa alusão à Eucaristia e ao vinho da última ceia. Estes veem na união entre o tronco e os ramos da videira a comunhão dos fiéis com Cristo. Estes argumentos destacam a perspectiva cristológica do texto. Cf. BUSSCHE H., Van den, Giovanni,Assisi, 1971, p. 492.

[23] Documento de Aparecida, 365ss.

[24] Acolhendo as palavras do Papa Francisco em sua visita à cidade de Assis, perguntamos: do que devemos nos despojar? Aproveitemos este tempo pré-capitular para uma revisão pessoal e comunitária despojando-nos dos “entulhos” da mundanidade. Cf. CONGREGAÇÃO PARA OS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E AS SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA, Ano da Vida Consagrada, Alegrai-vos, p. 41.

[25] Pe. Aníbal nos exorta: “Eu vos exorto de todo coração a vos guardardes de qualquer pecado, mesmo do mais leve.” Cf. Antologia Rogacionista, p. 50.

[26] Sobre o tema do carisma do Rogate na órbita do amor, Cf. CIRANNI, Gaetano, Agape e Rogate, Studi Rogazionisti 90, (2006), pp. 95-129.

[27] Na liturgia do tempo do advento encontramos o “Domingo da Alegria.” O povo de Israel é chamado a rejubilar no Senhor, pois a Salvação se aproxima. Neste domingo acendemos a terceira vela da coroa do advento na cor rosada. No tempo da quaresma temos o “Domingo Laetare” e também se usa a cor rosa.

[28] Pe. Aníbal declara que o Rogate é um infalível remédio para a salvação do mundo. Cf. Antologia Rogacionista, pp. 468ss.

[29] Cf. DOCUMENTO CONCLUSIVO DO 2º CAPÍTULO DA PROVICIA ROGACIONISTA LATINO-AMERICANA, Escritos Rogacionistas 10, São Paulo, 1990, n.11.

[30] O Papa nos recorda que a alegria se consolida na experiência de fraternidade onde todos são chamados à fidelidade ao Evangelho e responsáveis pelo crescimento de cada um. Cf. CONGREGAÇÃO PARA OS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E AS SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA, Ano da Vida Consagrada, Alegrai-vos”, p. 35.

[31] Uma comunidade alegre é um dom para o povo de Deus. Sem este testemunho ela se apaga. Cf.: CONGREGAÇÃO PARA OS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E AS SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA, Instrução a vida fraterna em comunidade, Paulinas, São Paulo, 1994, n.28.

[32] Pe. Ciranni comentando a espiritualidade eucarística dos Rogacionistas, afirma: “O Rogacionista que celebra ou participa diariamente da Eucaristia, não pode fazer menos de relacionar-se com os coirmãos ao interno das comunidades a modo trinitário”. Cf. CIRANNI, Gaetano, Il Rogate: Carisma dei Rogazionisti, p. 188. Sobre a espiritualidade eucarística dos Rogacionistas temos um excelente artigo em: Studi Rogazionisti 87 (2005), pp. 122-172.

[33] Pe. Tusino observa que para o Fundador a festa devia servir a alma e ao corpo e considerava necessário pensar em ambas realidades. Cf. TUSINO, Teodoro, L’anima del Padre, p. 687.

[34] Cf. TUSINO, Teodoro, Jamais disse não, São Paulo, 1968, pp. 29-30.

[35] Na Exortação Evangelii Gaudium o Papa insiste que devemos cuidar dos mais frágeis da terra. E acrescentamos: inclusive do próprio planeta Terra. Cf. Evangelii Gaudium, n.209.

[36] Servir os pobres era para o Fundador uma missão e uma alegria. Pe. Vitale, afirma que a caridade dominou Pe. Aníbal até o seu último suspiro. Cf. VITALE, Francesco, Vida e obras, p. 372.

[37] Diante dos desafios que enfrentamos na Província nos questionamos se “perdemos porventura a capacidade de atrair novas vocações?” E São João Paulo II nos exorta:“É necessário ter confiança no Senhor Jesus, que continua a chamar para O seguir, e abandonar-se ao Espírito Santo, autor e inspirador dos carismas da vida consagrada. Deste modo, enquanto nos alegramos pela ação do Espírito Santo, que rejuvenesce a Esposa de Cristo, fazendo florir a vida consagrada…” Cf. Vita Consecrata, 64.

 

Comentários

  1. Adriana Scarabelo

    Parabés, Pe. Gilson, pela linda reflexão. Que Deus ilumine e abençoe a todos os padres Rogacionistas, para que possam transmitir a alegria do Cristo do Rogate a todos nós e aquecer nossos corações com as palavras e exemplos de Santo Aníbal.

  2. IVONE LUCAS

    Li o texto com muita calma, meditando cada frase.É um belo texto, ao mesmo tempo suave e forte. Suave na forma como usa as palavras e forte no seu conteúdo.Excelente as citações bíblicas da alegria.
    A alegria e o Amor, caminham juntos. Que o Cristo do Rogate seja sempre a fonte e razão da alegria da sua vida e também de todos os rogacionistas.
    Que o Espirito Santo ilumine a todos para o sucesso da Assembléia Capitular.

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