Mães comunicadoras

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“No segundo domingo de maio, as atenções das comunidades, escolas, meios de comunicação social e comércio se voltam para as mães. É um dia em que todos os filhos procuram homenagear suas mães, e quem já não mais pode contar com ela aqui na terra, a recorda em suas orações. É o que eu também faço, uma vez que perdi minha mãe quando era padre novo e estava servindo na Igreja do Mato Grosso.

Na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações a ser celebrada no dia 17 de maio, o Papa Francisco fala da família que comunica. Aproveito a sua inspiração, destacando a mãe como comunicadora.

Foi a mãe que, junto com o pai, nos comunicou a Vida.

A vida tem sua origem em Deus. Foi dele o sopro primordial que deu vida às plantas, aos animais e aos seres humanos. A partir daquele sopro inicial, a vida foi sendo comunicada de pai/mãe para filho/filha. A ordem dada por Deus aos nossos primeiros pais foi: “Sede fecundos e multiplicai-vos” (Gn 1,28).

Foi a mãe que nos comunicou a linguagem. É o que expressamos quando dizemos que nos comunicamos na “língua materna”. A linguagem, não se refere apenas à fala, mas também às expressões do olhar, do sorriso nos lábios ou da lágrima nos olhos. Se refere à comunicação do abraço, do beijo, do aperto de mão, do aceno para com quem vai embora.

Foi a mãe que nos ensinou a nos comunicarmos com as outras pessoas, respeitando os mais velhos e sendo fraternos com os irmãos e colegas. Sem este ensino, muitos de nós seríamos “uns brutos” e não saberíamos dialogar e nem conviver.

Foi a mãe que nos ensinou a nos comunicarmos com Deus. É esta a experiência que eu pessoalmente tive e que a maioria das pessoas tem. As primeiras orações que aprendi a rezar me foram ensinadas pela mãe. E hoje eu me conforto em saber que as mães das nossas comunidades continuam a ensinar esta forma de comunicação aos seus filhos. Aliás, gostaria de pedir às mães que, eventualmente, não estão zelando por esta forma de comunicação: ensinem seus filhos a rezar e se comunicarem com Deus! É uma bela herança que podem deixar para os filhos.

Saúdo, com muito carinho a vocês, mães, pelo seu dia. Elevo a Deus a minha prece por todas vocês. Deus há de olhar com carinho para vocês que, na sua ternura, comunicam a vida e ensinam suas filhas e seus filhos a se comunicarem entre si e com o Altíssimo. E, para isso, também invoco a proteção de Maria Santíssima, que apresentou seu filho Jesus no Templo e lhe ensinou a linguagem do seu povo.

Deus vos abençoe e a Mãe Maria de Nazaré vos inspire e proteja!”

D. Canísio Klaus.

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