“Fomos surpreendidos pela decisão de incluir nos Planos Municipais de Educação a insidiosa e mal conhecida ideologia de gênero, contrariando a vontade do Congresso Nacional que não permitiu a incorporação desta matéria controvertida no Plano Nacional. A ideologia de gênero, introduz uma antropologia que leva a desconstrução da criaturidade do ser humano, desnaturalizando e modificando radicalmente a definição e vivência da sexualidade da pessoa e da sua existência.
Aquilo que para todas as culturas e civilizações humanas é uma evidência e se coloca a nível dos primeiros princípios: o fato que somos seres sexuados, nascemos homens e mulheres é negado como mera imposição cultural e convencional de uma mentalidade patriarcal e machista que nos obriga a viver papéis sexuais que impedem nossa liberdade.
Esta visão que não tem amparo científico nem filosófico, é uma reprodução do velho gnosticismo e maniqueismo que nega o corpo e a sexualidade como algo que limita e nos força a pecar, idéias defendidas pelos priscilianistas, que combatiam o casamento como algo intrinsecamente mau. As consequências são terríveis, pois sua aplicação na Escola deforma a mente infantil introduzindo a dúvida e a confusão a respeito da sua identidade sexual.
O dia das mães e dos pais será banido uma vez que são referenciais de meros papéis impostos arbitrariamente, e os pré-adolescentes poderão com a idade de doze anos decidir se querem mudar definitivamente de sexo, assumindo sua “verdadeira identidade”, sem precisarem da autorização dos pais como já de postulou em vários países da Europa. Não precisamos dizer que estas teses absurdas detonam com a família destruindo a célula fundamental da sociedade, esboroando no caos e na violência a civilização humana.
Percebe-se claramente que é uma ideologia que trata de dominar e escravizar, o Estado Leviatã de Hobbes, que depois se transformou em Ogro Filantrópico se converte agora em Babá e Bedel, tirando o sagrado direito dos pais a educação de seus filhos, conforme a seus valores e convicções religiosas e morais. É necessário reagir e defender os direitos da família e a dignidade humana que se originam no Deus e Senhor da vida. Deus seja louvado!”