No mundo digital o futuro chegou ontem. O avanço tecnológico mudou hábitos, o comportamento das pessoas e a maneira de ver o mundo. A tecnologia afetou a vida nos menores detalhes como o uso do cartão de crédito, as compras via internet, as conexões instantâneas, o gps…
Tudo é meio assustador e interessante ao oferecer a oportunidade de compartilhar informações, gerar banco de dados e acelerar processos; muitos dos quais nem percebemos. Há também os aspectos políticos e ideológicos por detrás de toda esta nova realidade que afeta radicalmente o ser humano na sua percepção de espaço e tempo. Em alguns casos vemos o stress e a ansiedade. Hoje um indivíduo pode se isolar dentro da própria família em sua casa e estar conectado com pessoas em outros países ou realizar transações comerciais ou afetivas sem um contato pessoal.
Afinal, a internet nos aproxima ou afasta? Aumentou significativamente a exposição das pessoas nas novas mídias mediantes as informações, os “compartilhamentos”, a criação dos blogs pessoais, as redes sociais onde pode incluir ou excluir amigos e produzir o seu próprio conteúdo além de evidenciar seus sentimentos e emoções. Surge a necessidade de criar perfil, mudar fotos e até reconsiderar a própria identidade. Há também o tema da privacidade e do rastreamento ou espionagem de informações e dados.
As pessoas da minha faixa etária são “analógicas” e se esforçam para digitalizar-se e aprender a manusear os novos aparelhos e programas. Há pouco tempo escutei a frase: “quem não está nas redes sociais não existe.” Mas não basta ter acesso à tecnologia. Precisamos saber usá-las e desenvolver conteúdos sem esquecer a ética e os valores de nossa fé cristã. As crianças são nativas digitais. Já nasceram neste ambiente e não sentem falta de realidades que experimentamos no passado. Logo estarão equipadas com chips no cérebro? Vamos educá-las com amor para que não sejam apenas cidadãs virtuais, mas seres humanos e humanizantes que cuidam bem da terra e de todos que nela habitam. Uma prece, Pe. Gilson Luiz Maia, RCJ. Curtir ou cutucar? Nada: guarde este arquivo na memoria.
Gostei do artigo.
Nos direciona para algumas reflexões, seja em nível pessoal, social, religioso, comunitário…
As vezes, me pergunto: De qual era sou? As informações se misturam, se confundem, e ora sou digital, ora analógico. Mas, penso que independente, de um ou de outro, ou dos dois, jamais podemos deixar de lado as relações humanas, o contato real e verdadeiro com as pessoas. O abraço, o carinho, a “prosa”, a presença são fundamentais para nosso crescimento, embora, podemos “curtir”, “cutucar”, “compartilhar” virtualmente, mas isso não se dá num encontro verdadeiro com o outro. Somos da era digital, sem sombras de dúvidas, mas, não esqueçamos que somos humanos, afetivos e reais. Abraço meu querido irmão.