A igreja no Brasil celebra em agosto o mês vocacional e recorda as vocações e os ministérios a serviço do Evangelho, realizando o Reino de Deus . Neste ano, no contexto do Ano Mariano Nacional, o tema é “A exemplo de Maria, discípulos missionários”, e o Lema “Eis-me aqui, faça-se”. Certamente um tema e um lema que permite refletir nossa vocação e missão na Igreja.
Antes de tudo, seguindo o exemplo luminoso de Maria, aquela que por primeiro foi a discípula e missionária de seu Filho Jesus. Aceitou ser a Mãe do Salvador, o Emanuel, e na cruz nos foi dada como Mãe: “Eis ai tua Mãe”, “Eis ai o teu filho”. Um exemplo que buscamos seguir a cada dia, nos valores e nas virtudes, na humildade e docilidade à voz de Deus, no serviço e disponibilidade, na entrega sem reservas e na alegria, nas dores vividas e na esperança que alimentou sua vida. Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo. Sim, fazei tudo o que ele vos disser.
Um exemplo que toca profundamente nossos corações, responde aos nossos anseios, pois ela foi fiel discípula de seu Filho Jesus. Ela o cuidou para que Ele crescesse em graça, sabedoria e estatura; e quando ele partiu, o seguiu, o acompanhou e esteve presente em tantos momentos fundamentais, principalmente na cruz e na hora da morte. Uma discípula que se torna missionária, sendo mais uma testemunha da ressureição. Permanece ao lado dos apóstolos e discípulos do Senhor, em particular no dia de Pentecostes, quando a Igreja se abre para o mundo: ide, ensinai e fazei discípulos meus.
Naquele “faça-se em mim segundo a tua vontade” está o segredo da nossa vocação e missão na Igreja. Hoje, rezar pelas vocações, é rezar para que nos coloquemos a serviço sem medo nem reservas. É acolher a vontade de Deus, aceitar seu projeto de vida sobre cada um de nós, é confiar que Ele estará sempre conosco, todos os dias. O “Sim”, o “faça-se” de Maria, o seu exemplo simples e humilde, é modelo para todo seguimento de Jesus. É o mesmo sim de um ministro ordenado, de um sacerdote; é o sim de um religioso, consagrado pelos conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência; é o sim na igreja dos cristãos leigos e leigos, que pela força do batismo, testemunham a fé no mundo e assumem os vários serviços e pastorais na comunidade; é o sim generoso de um casal, de uma família, que por amor e na fidelidade, vive e educa na fé e na caridade, realizando assim o sonho de Deus e o desejo do coração humano.
Seguindo o exemplo de Maria, vivamos mais intensamente a vocação e missão que recebemos. E rezemos cada vez mais pelas vocações, pedindo ao Senhor da messe que continue mandando os bons operários e operárias na sua messe.
Pe. Angelo Ademir Mezzari, RCJ