No próximo dia 10 de fevereiro iniciaremos com toda a Igreja o tempo litúrgico da quaresma, que nos prepara para a festa da Páscoa. A quaresma começa na quarta-feira de cinzas e se estende até a Missa da Ceia do Senhor, na quinta-feira santa, exclusive. Nas celebrações vamos recordar com insistência a necessidade de voltar ao evangelho, converter-se e experimentar a misericórdia do Pai. Na prática, significa colocar-se diante de Deus que nos convida a fazer uma profunda revisão de vida, o que pressupõe uma grande e sincera humildade. A Igreja, mãe e mestra, nos convoca a fazer este exercício com muita fé e devoção. Nesta tarefa vamos precisar de coragem para rever posturas, avaliar comportamentos e atitudes, superar conflitos, construir pontes, pedir e dar perdões. A quaresma nos chama a intensificar o processo de conversão pessoal e comunitária. Neste caminho precisamos ficar atentos para não ceder à tentação de justificar os pecados e continuar iguais sem chegar a uma verdadeira páscoa, passagem para uma vida nova à luz da ressurreição do Senhor. Nesta luta interior que vivenciamos de maneira mais intensa no tempo da quaresma a liturgia evitará as flores, adotará a cor roxa e omitirá o Aleluia. São sinais externos da caminhada quaresmal no grande esforço de seguir mais de perto a Jesus Cristo que se entrega para nos salvar. Temos a liberdade de realizar ou não a verdadeira páscoa: fazer a passagem da morte para a vida, do pecado para a graça. Reconciliação. Podemos buscar a mudança de vida ou simplesmente nos habituar com os pecados e não transformar nada. O risco é permanecer na superficialidade e não aprofundar na vida o que celebraremos na liturgia. Que Deus, Pai misericordioso, nos ajude a viver este tempo de amor, de fé e de esperança. Vamos todos participar das celebrações, incrementando o nosso processo de conversão e plena adesão ao Evangelho. Deus nos abençoe nesta peregrinação rumo à páscoa, início de uma nova estação na vida de cada um de nós. Uma prece, Pe. Gilson.