Neste mês dedicado às vocações vamos todos trabalhar na construção da cultura vocacional em nossa comunidade paroquial. Na cultura vocacional as estruturas contam bem menos que as comunidades. A vida fraterna, a vivência alegre e feliz dos operários e operárias na messe, são muito importantes e contribuem de maneira eficaz na consolidação de uma cultura vocacional. O contra-testemunho também conta muito na destruição desta cultura. Quem fomenta e atrai autênticas vocações são as comunidades, os leigos e leigas comprometidos, os consagrados e as consagradas, os ministros ordenados entregues à causa de Jesus e não as estruturas, por mais lindas e atraentes que elas sejam. Observa-se também a importância da linguagem na edificação da cultura vocacional. Claro que a linguagem tem o seu valor. Mas não é suficiente usar uma linguagem jovem e esquecer a vida do jovem na sua totalidade. Não basta falar a língua dos jovens. Importa viver com eles, construir amizades sinceras e permanecer próximos para melhor entender, compreender e acompanhá-los. Destaca-se a disponibilidade de ir ao encontro dos jovens e não ficar aguardando que venham à porta dos institutos ou aproximem-se dos grupos paroquiais. O Senhor ensina a sair e convidá-los desde o seu lugar de vida, na beira do mar, na praça ou em qualquer lugar ao longo do caminho. Não vale ficar esperando, rezar pelas vocações e não ter a coragem de sair, ir ao encontro e propor a Boa Nova de Jesus. Precisa conhecer os mares, barcas e redes da juventude atual e apresentar com liberdade e respeito a proposta vocacional desde a perspectiva ministerial da Igreja aberta aos sopros do Espírito Santo. A cultura vocacional é construída por corações peregrinos que lançam alegres a semente do Reino e na simplicidade apontam para Jesus Cristo. Uma prece, Pe. Gilson Luiz Maia.
Imagem da Nossa Senhora das Graças