As estrelas do céu de Belém

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Estamos em ritmo de Natal e virada de mais um ano. No último mês do ano o clima é propício à reflexão e os corações estão mais leves e felizes. No horizonte da fé contemplamos o céu de Belém, onde os anjos anunciaram aos pastores: “Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo Senhor, na cidade de Davi. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas deitado numa manjedoura.” (Lc 2,10-12) Na noite de Belém vemos muitas estrelas, ademais daquela mais brilhante que é o próprio Cristo Jesus, nascido da Virgem Maria (cf. Is 7,14). Enquanto animadores e animadoras de todas as vocações e ministérios suscitados pelo Espírito Santo e confirmados pela comunidade de fé, queremos organizar as celebrações natalinas atentos à temática vocacional. A liturgia é uma das estrelas que brilha no céu de Belém. Favorece a meditação de temas vocacionais que podemos preparar com criatividade para celebrar um “natal vocacional”. Queremos destacar ainda o valor e a dignidade da vida humana. À luz desta mais importante estrela – a vida – que brilha no presépio, queremos salientar sua preciosa excelência. Pois, ali temos uma criança indefesa acalentada pela Mãe aos olhos do justo José. Vemos também a estrela da vocação da mãe e aquela do pai. São muitas as estrelas que cintilam na noite de Belém. Cada uma tem seu brilho, peso e significado para nós que servimos as vocações e ministérios na Igreja, povo peregrino de Deus. Dentre as estrelas recordamos a do testemunho de vida com transparente adesão ao evangelho de Jesus Cristo. Na noite escura de nosso tempo marcado pelo materialismo e outras contradições, há de brilhar e iluminar a todos, a estrela de nosso testemunho de vida enraizada na mensagem do Verbo que se fez carne (cf. Jo 1,14). Natal também é ocasião de estreitar laços, aproximar as pessoas e expressar aos vocacionados e vocacionadas nosso afeto e estima. Importa observar que temos amizades e sentimentos pelos jovens, independentemente de suas opções e escolhas vocacionais. Nossas amizades são espontâneas e não visam interesses somente por aqueles jovens que nos dão “esperança vocacional”. No centro do presépio está o centro da vida de todas as pessoas chamadas e enviadas para dar testemunho e anunciar o Ressuscitado, pois o Menino da gruta é o Homem da cruz. O Ressuscitado que deixou para trás o túmulo vazio e nos deu o imperativo missionário (cf. Mt 28,19-20). Sabemos pela fé que o Natal tem sabor de Páscoa: vida nova! Da manjedoura se chegará ao Calvário. Jesus não nasceu para morrer, mas para redimir e salvar. Por isso, confessamos com a Igreja: Ele é o Emanuel: Deus está conosco (cf. Mt 1,23). Sempre. Amém. Pe. Gilson Luiz Maia, RCJ.

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